Diário de um Cego.

Dia 30 de Dezembro.

“Pois bem, mais um dia se passou.

Coonell fez uma sábia escolha, mas não sei se ela modificará o destino, espero que sim.

Me fez lembrar o dia em que tentei fugir de casa, talvez deva relembrar essa época de minha vida e contá-la aqui.

Era um dia ensolarado, estava ajudando minha avó Dona Dálmata a preparar o almoço, foi ai que ela saiu e foi conversar com um homem estranho, acho que era um dos magos de Geffen, escutei a conversa praticamente toda, lembro de cada palavra, descobrir que ela inventava as previsões, destruiu meu sonho de me tornar igual a ela, deixei o feijão no fogão, fui arrumar minhas coisas e tentei fugir, consegui.

Não deu muito tempo e um arruaceiro me atacou pelas costas com sua adaga, cai no chão com lagrimas nos olhos, ele me roubou e me disse, essa será a ultima vez que irá chorar, bem, foi ai que com a mesma adaga ele me tirou meus olhos.

Não via mais nada, apenas só escutei minha avó pedindo ajuda e me levando para Ayothaya com uma venda amarrada para não assustar os outros com o que dizem ser uma imagem horrorosa de um ser sem olhos.

A xamã estava conversando com minha avó sobre o que poderia fazer para me ajudar, é impressionante como me lembro da voz de uma garotinha que era neta da mesma, acho que seu nome era Pupa.

Quando me dei conta, estava com um gato folha em minha cabeça, a xamã fez um ritual para que eu possa usar seus olhos para enxergar esse mundo, alem desse, os mortos que andam por ai.

Acho que por hoje escreverei apenas isso.

*O espiritualista fecha um caderninho marrom de pequeno porte*

Cassilda O.o Coitado do muleque manolo
Nice job ^^

Own xD foi pupa q capturou o gatinho, hehe
Muito legal shuura, historia de veio sempre é interessante de se ler *runz

Hm... É um laço inesperado. Vejo que sua inspiração ajuda na sua escrita. Bem legal e deprimente.

Dia 31 As 2:00 da madrugada.

*O espiritualista abre seu caderninho sentado na cama da estalagem de Payon*

Mais um daqueles dias tediosos.

Tive um péssimo lapso hoje, mas não era uma morte, não aparentava, era uma criança nascendo e um homem cheio de Ódio, é uma pena, mas eu não posso fazer nada quanto a isso, se eu pudesse o faria.

Voltando ao real motivo de ter aberto esse caderno,

Juntei-me aos Corsários de Aegir, não por vontade minha, acho que não preciso fazer parte da tripulação para ajudá-la, mas talvez as coisas fiquem mais fáceis para mim se eu estiver lá, sinto pena do Capitão, um ser que fez de tudo e até um crime para poder navegar e ainda assim consigo ver vários problemas e pesos em sua vida, razões e desejos tão simples e apareceram cada vez mais, problemas maiores, agora um novo ano se aproxima, posso dizer que este foi um ano de paz, mas o que ainda virá será bem diferente.

Interessante foi falar com o espírito de Brasilis que Ubiraja tem, ele sabe tanta coisa, nunca imaginaria que um dos Corsários estava usando um poder tão sombrio.

Tenho que anotar também o lapso que tive com o taekwon de seis dedos no pé, sua morte era certeira se eu não tivesse lutado e aberto os olhos dele, um ser tão persistente nos seus erros, espero que ele tenha aprendido alguma coisa.

Mas o que falar de mim nesse caderno? Uma pergunta que me faço todos os dias. Poder falar dos outros e do destino deles, para mim é fácil, mas escrever sobre mim mesmo, é mais difícil que caminhar no vulcão de Thor sem o Kaite na minha cabeça.

Para ser sincero a única coisa que sei sobre mim mesmo, é que sou ignorante a ponto de tirar conclusões cedo demais e achar que possa ajudar.

Terminando esses últimos parágrafos que provavelmente serão esquecidos pelo tempo, só me vem uma única frase em mente.

O destino... São vários caminhos e jamais um Oráculo poderá prever todos eles.

* O espiritualista fecha o caderno *

- Boa noite, Kaite.

Dizia para o Gato folha em sua cabeça.

Háa, olha eu ali *aponta*

Eu ia morrer se nao mudasse? Fuuu AHEUAHEA

gostei, continue escrevendo ceguinho! ò.ó

Seu diário é muito legal. *0*

O seu jeito de colocar os outros personagens o mais fielmente de acordo com seus perfis e suas histórias é bem afiado. Só queria saber como ele escreve. Baixa um Santo ou são pelos olhos do gatinho de folha?

Estou curioso pra saber mais.

Respondo sua pergunta com a primeira pagina do diario dessa ano. =D

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O Primeiro dia do Ano.

Um período interessante, a virada.

Época onde as pessoas e os seres depositam em si, esperança e novos planos para seu futuro, o irônico que isso para mim isso não tem tanta graça, há dois anos vi um homem cheio de planos para seu próximo ano, cheio de esperanças, não deu outra, tive um lapso de sua morte e o mesmo se foi.

Talvez a pessoa que leia futuramente essas páginas, me julgue um ser que se diverte com esses lapsos, colocarei em palavras aqui o quanto que mentira isso é.

Tenho 33 anos de vida e não criei um laço intimo ou uma amizade com absolutamente ninguém (A não ser a minha avó, claro.), não que eu não queira, mas porque não quero sentir culpado por ver a morte de um intimo e não conseguir evitá-la. Cortei meu mal pela raiz há muito tempo decidi tratar todas as pessoas com tamanha igualdade, todos para mim serão e sempre será apenas conhecidos.

Gosto do meu gato folha, mas mesmo sabendo que ele é o meu verdadeiro ponto cego, ser dependente dele é algo difícil, sem ele não poderia escrever ou andar por ai.
Nesse ano vou planejar pela primeira vez, algo para mim mesmo, o que vou ou o que pretendo, é algo que nem eu ainda sei.

A questão de não envelhecer ainda é um peso, fico feliz que não seja apenas eu que carregue tamanho fardo, Coonell também verá seus companheiros morrer pelo tempo, algo que nem ele poderá fugir e conseqüentemente, talvez, eu esteja ao lado dele vendo tudo isso acontecer, com olhos que nem meus, são.

Termino de escrever essa primeira pagina do ano e neste mesmo eu possa escrever algo realmente impactante nesse caderno velho, que junto comigo nessa maldição que resistirá ao tempo.

Ooooo, ele é bem forever alone HEUAEHAU

Tadinho, agora to ocm pena dele D:

Forever Alone, kkkkk, euri.

Tá explicado agora.

Eu PREÇIZU Rpar com a Dona Dálmata com o neto dela. Hm.

Dia 2 de janeiro

Uma despedida.

Como esperado, recebi a carta de Coonell, contendo algo que nem para o meu mais intimo diário, vou revelar.

Fui com uma colega de bordo para a casa da minha avó, talvez, fosse a ultima vez que iria vê-la, espero que não, embora a velhinha seja chata e sarcástica, ela conseguiu algo que eu jamais vou ter com esses dons, um coração bom e ao mesmo tempo, forte.

Família são as únicas pessoas que criamos querendo ou não, laços fortes sejam estes sentimentos de ódio ou amor, gosto muito da minha avó, acho que ela não precisa prever nada para saber disso ou esperar algum gesto de carinho meu, o mais engraçado de tudo isso, é que eu jamais previ a morte dela e espero nunca prever isso e se pudesse realizar um desejo, seria imortalizá-la afinal, avós são únicos, como minha mãe não cuidou de mim, talvez ela tenha feito esse papel.

Lembro quando eu achei um amuleto nos campos de Ayothaya quando era pequeno, fui correndo mostrar para ela, ela disse que ia servir de proteção, foi o único objeto que me apeguei, o porquê falar dele? Bem, antes de ir embora o deixei na mesa da casa da minha avó, creio que ela ficará feliz em sempre ter uma parte de mim naquela casa.

Assim como roubei o jogo de tarô dela, ela sabia que iria roubá-lo, o bom de ser do mesmo sangue e ter os mesmo dons que ela, é que não precisamos demonstrar nenhum tipo de carinho para mostrar os sentimentos de um laço familiar, desejo toda benção possível para essa mãe que sempre cuidou de mim, dizer adeus para alguém que gostamos é algo muito difícil.

Fico feliz pelo ato de carinho que os céus estejam fazendo por mim chorando no meu lugar.
*O espiritualista fecha o diário e olha para a janela fechada naquele forte dia de chuva*

Leeeeeeecal '3'
Capítulos curtos, e bons de se ler \o/
Vou acompanhar seu Diário de Forever Alone -q

Foi legal o RP. Só espero que os escorpiões caramelizados tenham caído bem.

Eu sabia que era um amuleto!