Diário de Taylor M. Soul [Narração em off >.<]

Diário de Taylor Monty Soul

Narração: Terceira Pessoa, Narrador Onisciente Externo.

Capítulo 1: Uma missão

Taylor ia saindo do Deviace depois de receber uma ordem clara e específica de seu capitão, na verdade, duas ordens: “Ordenhar e levar de volta ao navio três barris de leite das vacas de Hugel e arrumar alguém que lhe ensinasse matemática”, Taylor não entendia muito de matemática, o menino gato não estudou muito esses assuntos, pois sempre ansiou ser um ninja, nunca pensou que usaria matemática em sua vida. “Vou atrás do que sei onde achar, depois vejo esse negócio das aulas”, logo pensou o menino gato. Saindo de Alberta, ele tomou um aeroplano em Izlude para Juno e então para Hugel, a vila do jardim fantástico.

Enquanto o aeroplano ia se aproximando de Hugel, o clima frio e garoa gelada faziam com que Taylor tremesse e gaguejasse qualquer coisa que tentasse falar, todavia, suas roupas o aqueciam, mas molhadas acabaram se tornando geladas. Ao descer na cidade, congelando, Taylor caminhou receoso pelo solo acidentado de Hugel, procurava por uma estalagem ou algo do gênero, um lugar onde poderia passar a noite.

A noite começava a tomar o lugar do dia no céu cinzento da cidade montanhosa, Taylor, com as roupas mais secas finalmente achara a estalagem, porém, infelizmente esquecera-se de levar dinheiro para Hugel, esquecera todo o seu no Deviace em Alberta, mesmo que não fosse muito, ajudaria nessa situação. Enquanto Taylor discutia com o estalajadeiro para dar um jeito de pagar uma estadia para visitar as fazendas no dia seguinte, um velho baixo - porém mais alto que Taylor, cerca de 1,57m de altura – adentrou pelas porta rangentes da estalagem. Enquanto a porta se abria o rangido se intensificava, obrigando Taylor a cobrir suas orelhas, mesmo que já embaixo de sua touca.

- Boa noite, senhores – Disse o velho com um tom de voz calmo – Willfred, você tem carne aí? – Indagou

- Pode ser fresca, Curtis? – Disse o estalajadeiro em tom de brincadeira ao velho

- Ah... Mas o que temos aqui... – O senhor se aproximou de Taylor e deu umas fungadas, procurando sentir seu cheiro

- Um menino gato, heim?

Taylor ficou surpreso com a precisão do velho, ele apesar de velho e acabado parecia agregar muito mais conhecimento do que pensara anteriormente o garoto.

- Err... Senhor, você pode me ajudar? – Perguntou o menino gato

- Do que precisa?
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Post referente ao tópico: https://corsariosdeaegir.forumeiros.com/missoes-f7/treinamento-seu-posto-sua-missao-t231.htm

Aquecedor Mensagens : 321 Data de inscrição : 25/12/2009

Quase da pra visualizar a cena xD o tipico minino neko coitadinho u.u''''
otimo texto e bela descriçao, escreveste muito bem o/

Capítulo 2: Um lugar pra ficar

- Do que precisa? – Perguntou o velho com um sorriso no rosto

- De muitas coisas na verdade... – Disse o menino, pensativo – Mas o mais importante agora... Preciso de uma cama – Resmungou

- Há! Pois pode passar a noite em minha casa! – Disse o velho empolgado

“Nossa!”, pensou “Um senhor aparece na estalagem e todos os meus problemas acabam!” – Seria bom ter uma cama – Respondeu

- Então, terá de dividir o quarto com meu aprendiz, ele não deve ficar muito tempo...

- Seria ótimo dormir numa cama! – Taylor parecia ignorar o que o velho falava

- Você parece empolgado! Vamos logo então... Tem certeza de que está sem carne, Will?

- Absoluta! – Bradou o estalajadeiro de voz grossa

- Certo, então acho que terei que abater um de meus bois amanhã pela manhã.

- O senhor tem uma fazenda?!

- Tenho sim...

Enquanto saiam da estalagem e passavam pelas frias e desertas ruas de Hugel, Taylor pensava em como poderia pedir ao velho que ordenhasse e levasse 3 barris de leite, não parecia uma tarefa fácil. A mente de Taylor se distraia conforme caminhavam pela cidade montanhosa, a casa do Velho ficava no topo de uma montanha e o caminho era longo. Taylor tremia de frio.

- Então, jovem, qual o seu nome? Não é comum ver meio gatos por aqui...

- Me chamo Taylor! E vim a trabalho.
- Um garoto da sua idade que trabalha?! Hmm... De fato, impressionante. O que veio fazer.

- Meu capitão pediu que eu aprendesse algumas coisas sobre matemática e ordenhasse vacas – Disse Taylor, desviando o olhar.

- Ora, que feliz acaso! Eu tenho uma fazenda e leite de sobra, não teria problemas em lhe dar algum! E também... Fui por muito tempo professor na academia de Juno – Disse o velho enquanto andava batendo a bengala no chão desnivelado, com extrema naturalidade apesar da dificuldade que seria vista por qualquer um em tal situação.

- Sério?! Isso seria ótimo! – Disse o jovem boquiaberto

Continuaram andando até a casa do velho. Era uma construção na montanha, casa grande, feita em madeira e pedras. A vegetação cobria grande parte de sua entrada e parecia estar abandonada, vista de fora. Nos fundos, um planalto, raro na região de Hugel, onde havia algumas vacas e bois. Os corrimões de madeira antiga eram resistentes e sustentaram a subida do velho pela escada que levava a porta de entrada. Ao abrir a porta, Taylor se deparou com uma casa que parecia maior por dentro do que por fora, sem falar no ambiente aconchegante do local, logo na entrada havia três sofás, onde descansava tomando um fedorento chá de ervas, o aprendiz do velho.

- Quem é esse, velhote? Trazendo mais estranhos pra casa?

- Háhá! Esse é só um menino que precisava de um quarto – Disse o velho em tom de brincadeira

- Mas não temos quartos sobrando – Retrucou o Atirador de Elite

- Ele ficará no seu quarto!

General Tartaruga Mensagens : 929 Data de inscrição : 12/12/2009

Os detalhes e as descrições das sensações do personagem e do cenário são realmente impressionantes. Ingênuo esse neko. Logo que o cheirou e eu li “acabou a carne”, eu imaginei um churrasquinho de gato procedente do convite do velho. XD

E quem seria esse atirador de elite? Numb? É meu palpite.

Ótima fic.
Smile

Capítulo 3: A Casa de um Estranho

- É, com você Numb, tem espaço no seu quarto, não tem? – Retrucou o velho.

- Claro, tem sim – Respondeu desviando o olhar.

Exausto, Taylor logo foi para o andar superior. Este era quente e aconchegante, lembrava sua infância em Amatsu, era um local muito hospitaleiro. Passando pelo corredor onde havia apenas um pequeno sofá com uma almofada, Taylor se deparou com duas portas, uma levava ao quarto do velho, que já estava lá dormindo e roncando incrivelmente alto, e o quarto de Numb.

O menino gato foi logo entrando. Deparou-se com um quarto grande, porém extremamente fora de ordem. O chão havia sido revestido de jornais velhos engordurados, relatórios antigos e mais recentes espalhados pelo quarto, livros abertos em lugares aleatórios e roupas jogadas pelo quarto. Enquanto Taylor olhava, recuava, passos pesados e barulhentos vinham das escadas, ele se virou e olhou com olhar interrogativo para Numb, já fora do quarto. O Atirador de Elite o empurrou para o lado, entrou no quarto e fechou a porta, deixando o gato pra fora.

Expulso, Taylor olhou em volta e foi para o sofá passar a noite, não era o que planejava, mas era bem melhor do que passar a noite numa estalagem qualquer ou até mesmo na rua. Naquela noite, não sonhou, dormiu como um pedra a ouvir os roncos do velho sábio.

Aquecedor Mensagens : 321 Data de inscrição : 25/12/2009

pq todo personagem gato faz questao de agir feito um vira lata? u.u pq ninguem nunca é um gato egipcio, daqueles sem pêlos? xD

Capítulo 4: Primeira Lição

- Acorda moleque! – Dizia a voz envelhecida de Curtis

O corpo exausto de Taylor mal respondia aos seus comandos. Podia sentir que não dormira bem, as pálpebras pesadas e sujas o incomodavam ao tentar se levantar, o corpo que se sentia pesado limitava a movimentação do jovem, algo estava errado. Ao se levantar e por os chinelos, sentia que ia desmaiar a qualquer momento enquanto andava. Desceu sonolento à cozinha, Curtis preparara um café da manhã, espantosamente era seu favorito, um copo grande de leite e um peixe frito.

Enquanto comiam, o velho e o gato discutiam sobre como viria a ser seu dia:

- Então, Taylor, hoje será sua primeira lição... – Falou o velho

- Primeira lição? – Dizia sonolento

- Sim, mas só lhe ensinarei matemática à tarde e à noite, agora, você irá fazer a outra coisa que me disse que veio para fazer. Está na hora de ordenhar as vacas...

Taylor havia se esquecido de que teria de levar três grandes e pesados barris de leite ao Deviace na sua volta, também se esquecera de que teria de aprender matemática, a noite foi tão calma e rápida que pareci ter apagado momentaneamente de sua memória quais eram suas obrigações em Hugel.

Terminado o café da manhã, Curtis levou Taylor para o quintal, onde ficava o seu quintal, era uma pastagem longa que ocupava todo um planalto que existia em meio a um terreno tão depressivo. Nele, cerca de cinco vacas acordavam ou já estavam pastando e atraindo moscas pela manhã. Taylor olhou para o céu e notou que o sol estava para nascer, por isso dormiu mal, acordou muito cedo para executar a missão proposta por seu capitão e nem notou até então.
O jovem menino gato andou pela pastagem, estranhava o chão de grama macia, tão diferente das duras e encharcadas madeiras do navio, a manhã era gelada na cidade montanhosa, mas isso não impediria de realizar sua tarefa. Tinha de ordenhar as vacas e segundo Curtis, teria de ser agora. O velho sábio o acompanhou até a maior das vacas, ela era grande, muito maior que Taylor, seu pêlo era marrom claro com algumas manchas brancas e suas grandes tetas praticamente deixavam leite pingar no chão.

- Ela deve ser fácil para você treinar, ela é a Nanci. Muito dócil e é a minha vaca que produz mais leite! – Disse o velho, aparentemente animado.

- Hm... Então vamos lá! – Taylor logo posicionou um balde embaixo das tetas da vaca e depois encarou Curtis enojado – Como faz?

O velho colocou um banquinho a frente do balde, do lado da vaca, segurou as tetas da mesma e as “espremeu” para baixo, deixando o leite da vaca fluir para o balde.

- Agora tente você. – Falou o velho já se levantando.

Taylor, um pouco enojado, sentou-se no pequeno e frágil banco de madeira e começou a ordenhar a vaca, depois de um tempo com o leite caindo sem parar, o velho se retirou dizendo:

- Todo o leite que você coletar, poderá levar com sigo.

Motivou-se um pouco mais depois dessa afirmativa, mas não muito, depois de alguns muitos minutos, os braços de Taylor começaram a fraquejar, não havia conseguido nem um balde de leite ainda. Pareceu mágica, mas na mesma hora em que parou de ordenhar, uma voz veio de trás, ao lado da sua orelha esquerda.

- Já vai parar?

Taylor levou um susto, não esperava que o velho aparecesse num momento desses e nem tão de repente, quando se virou, não estava mais ali, tampouco deixara algum rastro, ficou assustado, sentiu naquele momento que deveria voltar ao trabalho, ficou na posição correta novamente e ficou ordenhando a vaca Nanci pelo resto da manhã.

General Tartaruga Mensagens : 929 Data de inscrição : 12/12/2009

Eu só espero que o Taylor tenha noção do porque que ele está realizando a missão dos barris de leite. Muito bom, por sinal.

Sapo de Thara Mensagens : 96 Data de inscrição : 08/10/2010

o velho me lembrou um npc meu Shocked

no mais gostei da fic vini poste mais *o*

Sapo da Rodda Mensagens : 8 Data de inscrição : 05/11/2010

Coitado do moleque gato, é mó pequenininho e vai carregar altos litros de leite? xD

Aquecedor Mensagens : 321 Data de inscrição : 25/12/2009

nina, ele se aproveitou de um velhinho bruxo, sei la u.u sei q até pupa ajudou a empurrar os barris no convés

mas muito bom a historia pois ele tem evoluido e se dedicado à tarefa em on, acho q taylor esta deixando de ser um menino gato pra virar um... vira lata manda chuva barrigudinho!

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